Em Os suicídios de Hillaria conhecemos a protagonista cuja trajetória de vida faz reconhecer, em algum momento, a existência de uma "Hillaria" em várias famílias. Bem nascida, pai médico e mãe generosa, dentro dos limites, Hillaria é a única filha do casal que ao todo somam onze homens. Fato esse, de acordo com antigas tradições, ao filho ou a filha mais velha sobrava a incumbência de ajudar a criar os irmãos mais novos. Então, Hillaria já tinha seu fadado destino escrito pelas mãos de sua família. Infância, adolescência, estudo, talvez um secreto amor (quem sabe?), maturidade... Enquanto seus irmãos cresciam, estudavam, namoravam, Hillaria seguia seu destino rigoroso. Agora, com todos irmãos criados, vieram seus pais. Primeiro sua mãe, saudosa por ser exemplo de mãe, sua perda foi muito sentida por muitos da sociedade. Mas sentida mesmo foi pelo pai de Hillaria, Ele, algum tempo depois, adoeceu. Muito amargurado pela perda da esposa, seu pai se foi e a deixou com todas as responsabilidades e ela sabia que seriam muitas.