É preciso engrossar o caldo e aprofundar a causa. Amassar com os pés o barro e erguer com as mãos a casa. Benzer o corpo, podar as asas, plantar maniva e espremer a massa. Este livro nasce desse fazer miúdo e ancestral, de quem aprendeu a ouvir o rumor dos rios, o canto das benzedeiras e o silêncio cúmplice da mata que ainda guarda segredos do Araguaia. Nas margens - do rio e da história - a escrita de Maycol Mundoco se ergue como gesto de memória e pertença. Aqui, as palavras carregam o peso ea leveza de um território forjado não apenas por decretos e registros, mas pelo trabalho e pela fé de pescadores, vaqueiros, camponeses, catadores de frutos e povos originários. É uma poesia telúrica, que se recusa a caber na linearidade das atas ouna frieza dos monumentos.
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