Panapaná é o décimo livro de poemas de Guilherme Gontijo Flores. Trata-se de uma obra contínua dividida em três partes seriais. Na primeira, "Muxima (Travellings)", encontramos poemas de amor em versos longos e sonoros, que buscam construir cenas da vida de um par ao longo de vários anos, com afetos diversos que vão se transmutando em encontros, desencontros, desejos, partilhas e hesitações. Na segunda, "Monami (Partitas)", o poeta desenvolve uma espécie de carta do Antropoceno para as crianças que ainda viverão os efeitos climáticos hoje apenas anunciados, numa vertigem de imagens, ritmos e sons que produzem uma verdadeira catábase afetiva. Por fim, na terceira série, "Araguyje ñemokandire (Primavera, ainda)", depois dos amores e da devastação, podemos encontrar uma celebração primaveril da vida, mesmo diante do colapso anunciado.Como um todo, o Panapaná aposta na poesia para produzir uma comunidade de afetos diante da devastação em curso no presente; faz o mergulho nos amores, na terra e na dor para dali tentar emergir com uma pequena oferenda.
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