"Essa chegada de uma hora ao rio é uma experiência única e, em sua impressão irresistível, comparável apenas àquela de Nova York. Mas Nova Iorque nos recebe de forma mais dura, enérgica: parece mais um fiorde nórdico com seus cubos altos e brancos como gelo. Manhattan é uma saudação masculina, heroica, a vontade humana da América lançada ao alto, uma única erupção de força concentrada. O Rio de Janeiro, por sua vez, não se agiganta diante da pessoa - ele se estende com braços macios, femininos, ele recebe, puxa para si, entrega-se ao olhar com uma certa volúpia. [...] E ambígua e inesgotável, grandiosa e generosa, da mesma forma que recebe as pessoas também sabe como mantê-las; a partir da hora da chegada, já sabemos que o olho não vai se cansar e os sentidos não se fartarão nessa cidade única."