Escrever esse livro foi como estar sentado em uma cadeira apertada, metaforicamente. A sensação foi de estar espremido entre várias percepções da morte de Jesus Cristo, não me sentindo confortável com nenhuma delas, e buscando um caminho que fizessesentido ao que dizem as Escrituras: "Jesus Cristo morreu"; ao que diz a tradição evangélica, de sabor paulino: "morreu por nossos pecados"; ao que diz a cristologia moderna: "por que um justo morreria pelos injustos?"; e ao que dizem os contemporâneos que pretendem fazer cristologia: "foi um ato de pura violência vitimaria girardiana!".Tentei achar uma resposta na cristologia da carta aos Hebreus, em seus três temas fundamentais: promessa, aliança e sacrifício. Somente nesse conjunto a afirmativa evangélica: "Jesus Cristo morreu" pareceu fazer sentido para mim como socorro bem presente no meio da angústia. E a todos e todas que estão perplexos com os caminhos e descaminhos da cristologia, hoje, talvez isso faça sentido também.