O atendimento psicológico reservado a adolescentes em conflito com a lei no Brasil tem sido tradicionalmente marcado pela segregação e tentativa de disciplinamento. Contudo, essas também são as condições que têm levado a uma contumaz violação de direitos humanos por parte do Estado. Este livro aprofunda a denúncia e a compreensão das condições desumanas em que se estruturam essas instituições, buscando, por outro lado, construir e analisar alternativas possíveis para o atendimento a esses jovens. Além disso, são apresentadas experiências concretas de atuação de um psicólogo em uma escola que funciona no cárcere. Restritas pela atmosfera asfixiante da prisão, atividades e reflexões conjuntas empreendidas pelo psicólogo e professores buscaram estabelecer ou intensificar espaços de educação como resistência à desumanização ali hegemônica.