Engenheiro de formação, poeta por vocação, Augusto Azevedo estreia com um livro que dilui qualquer fronteira entre lógica e vertigem. Que haja trevas nos dias de sol é uma travessia corajosa por paisagens sombrias da alma, onde as ideias de Nietzsche e Schopenhauer não são apenas referências filosóficas, mas bússolas para a dor de existir.Sem promessas de redenção, sem artifícios de consolo, os versos de Augusto expõem uma consciência dilacerada que, em vez de fugir, encara a angústia como matéria-prima do poético. A linguagem flui com intensidade, clareza e inquietação - refletindo uma mente que busca sentido justamente onde ele parece faltar.