Para nós, organizadoras desta obra, que atuamos como professoras/ pesquisadoras na universidade, instituição que se estrutura a partir de uma ordem colonial, é fundamental pensar a metáfora "Quilomba Feminista" como um espaço agregador de nossas diferentes experiências de mulheridades e transfeminilidades negras. O presente livro reúne produções intelectuais negras e transfeministas que apostam na produção de conhecimento em diálogo com a arte, com a poesia, com comunidades tradicionais, com movimentos sociais dentre outros territórios.Nesta Quilomba Feminista, ecoamos nossas vozes numa perspectiva feminista, descolonial e interseccional.O livro Quilomba Feminista: mulheridades e transfeminilidades negras em movimento emerge das possibilidades de encontros entre mulheridades e/ou feminilidades cisgêneras, travestis, transexuais e transgêneras negras que pensam seus modos de ser, estar e pensar o mundo a partir do (Trans)feminismo Negro. Para esse projeto de intelectualidade negra e (Trans)feminista a metáfora "Quilomba" demarca o modo coletivo como a obra é organizada, reunindo temas, problemas, perspectivas teóricas e metodológicas pensadas e experimentadas por nós, a partir de nossas mulheridades e transfeminilidades negras, de maneira a erguer nossas vozes, denunciar violências, contar nossas histórias, produzindo quilombagens (Trans)feministas.Os diálogos que emergem das lutas comuns entre os povos da diáspora africana e dos povos indígenas constituem uma vastidão de experiência e manancial de saberes em que pensamento, luta, cura e festa se interconectam. Amplificar esses diálogos, abrir passagens e promover equidade nas publicações, esses são os compromissos da coleção Diálogos da Diáspora.