Como ponto de intersecção entre as duas obras, está Quincas Borba, o filósofo do humanitismo que morreu em Memórias póstumas, deixando sua herança e seu cão - que ele batizou com próprio nome - para Pedro Rubião de Alvarenga, protagonista do livro seguinte. O leitor, no entanto, não precisa lê-los na ordem de publicação, uma vez que têm narrativas independentes.A edição da EdUERJ para Quincas Borba traz texto de apoio do professor de Letras da UERJ, Gustavo Bernardo Krause, que procura dimensionar a obra dentro da produção literária de Machado de Assis e aponta as referências e críticas que o autor tece à sociedade da época. A análise evidencia os motivos pelos quais a literatura de Machado mantém-se como fundamental e bastante atual em seu olhar sobre as relações humanas, e também contribui para desmistificar aqueles que tentam colar, em Machado de Assis, o rótulo de realista.Quincas Borba soma-se, assim, a O alienista, também de Machado de Assis, e O crime do padre Amaro, de Eçade Queirós, como leituras indicadas para o Vestibular da UERJ contempladas com edições com a qualidade editorial da EdUERJ.