RACISMO E EUGENIA NO PENSAMENTO CONSERVADOR BRASILEIRO: A PROPOSTA DE POVO EM RENATO KEHL

SKU 73359
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    • 1
      Autor
      GÓES, WEBER LOPES Indisponível
    • 2
      Editora
      LIBERARS Indisponível
    • 3
      Páginas
      226 Indisponível
    • 4
      Edição
      1 - 2018 Indisponível
    • 5
      Ano
      2018 Indisponível
    • 6
      Origem
      NACIONAL Indisponível
    • 7
      Encadernação
      BROCHURA Indisponível
    • 8
      Dimensões
      16 x 23 x 2 Indisponível
    • 9
      ISBN
      9788594591258 Indisponível
    • 10
      Situação
      Sob Encomenda Indisponível
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Ao contrário do Renascimento e do Iluminismo, manifestações típicas da ascensão cultural burguesa entre os séculos XV e XVIII, a sociologia como ciência positiva fundada mais tardiamente por Augusto Comte - e conceituada mais propriamente como a "concepção científica de mundo" pelos filósofos do Círculo de Viena, em 1929 - não demorou a estender suas influências sobre o Brasil. Uma das questões mais importantes desenvolvidas por Weber Lopes Goés ao longo de sua pesquisa refere-se à vanguarda intelectual exercida pelo médico e sanitarista Renato Kehl na introdução e aplicação das teorias eugenistas europeias - denominadas por ele mesmo como "religião da humanidade" -, aos problemas relacionados à saúde e educação nacional. As causas desse fenômeno talvez possam ser explicadas a partir de duas hipóteses distintas: de um lado, pelo distanciamento que a ciência contemporânea assumiu em relação aos (não menos questionáveis) ideais emancipatórios contidos no programa da modernidade; de outro, pelo desvelamento radical do pragmatismo enrustido no lema baconiano "saber é poder" na resolução dos conflitos sociais. É justamente devido a completa instrumentalização técnica do conhecimento (sinônimo da crise ou a decadência espiritual que seabate sobre a Europa em finais do novecento) que a ciência pode então se conformar, frise-se, imediatamente, às necessidades arcaicas da formação social brasileira ou, em outras palavras, aos interesses ideológicos de uma elite interessada não apenasem conservar a assim chamada "ordem e progresso", mas inclusive aperfeiçoar a prática do racismo estrutural (religioso e científico) vigente, diga-se de passagem, desde os tempos coloniais como um instrumento (político e econômico) de constante espoliação social. Neste sentido, o grande mérito do autor reside em desvendar (na mesma esteira em que, não por acaso, o vincula às críticas de Lima Barreto em Diário do Hospício e Cemitério dos Vivos - testemunhos literários daquela época), a onipotência conquistada pela ciência na sociedade brasileira desde o início do século XX aliado ao caráter ideologicamente retrógrado de sua burguesia. Um projeto societário que não se concretizaria sem a confluência teórica entre um irracionalismo de matrizcientificista e uma concepção prática de Estado eugênico, elaborado por um dos intelectuais mais prestigiados do país (o que parece corroborar a tese da "manipulação generalizada" desenvolvida por György Lukács em um dos capítulos de sua Ontologia).

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