(RE)EXISTINDO ENQUANTO ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO TERRITÓRIO DO CENTRO ESPÍRITA PAI JEREMIAS: NARRATIVAS DA ZELADORA, VOZES AFRO-BRASILEIRAS EM SUA ARTE
(RE)EXISTINDO ENQUANTO ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO TERRITÓRIO DO CENTRO ESPÍRITA PAI JEREMIAS: NARRATIVAS DA ZELADORA, VOZES AFRO-BRASILEIRAS EM SUA ARTE
Na periferia de Cuiabá, entre cânticos, cores, corpos em transe e saberes ancestrais, vibra um território de acolhimento, luz, força e afeto: o Centro Espírita Pai Jeremias. Gilda Portella Rocha nos conduz por um caminho de (re)existência onde a umbanda se revela como arte viva, cultura pulsante e resistência cotidiana. A partir das memórias da zeladora Maria José da Silva Matos, a querida vó Maria, que tive o privilégio de conhecer ainda em vida, mãe de santo e fundadora do CEPJ, somos convidados a enxergar o terreiro como espaço sagrado, político e estético - onde uma construção espontânea acomoda festas, vestes, guias, imagens, giras e festas dos Orixás e Santos Católicos que contam histórias de pertencimento, espiritualidade e luta. Com olhar de quem vive o espaço em toda sua profundidade e extensão, a autora entrelaça narrativa pessoal, pesquisa acadêmica e poética afro-brasileira para revelar um Brasil muitas vezes silenciado: aquele das práticas negras, das vozes femininas e das memórias coletivas. Este livro é celebração, denúncia e reencantamento, uma leitura para quem deseja compreender - com sensibilidade e profundidade - como se produz cultura, fé e beleza nos caminhos da umbanda. Tula Kirst Romani Arquiteta encantada