Recife, no hay, de Delmo Montenegro, vencedor da RMR no II Prêmio Pernambuco de Literatura, foge das tendências da poesia popular, tão cara ao nordestino. Ao criticar o sentimento de pertença supostamente atribuído aos recifenses, ele adota uma linguagem de traços neoconcretos e experimentais, mais alinhada a uma vanguarda de ruptura da sintaxe e do verso.