Mestiço, humilde e interiorano, Isaías Caminha deixa sua família para ir em busca de uma nova vida na capital, que se modernizava a passos largos. O jovem promissor, com a alma ainda repleta de sonhos, se vê, ali, desamparado e acaba por sucumbir a um ambiente hostil. Na cidade, encontra emprego como jornalista, mas logo se desilude com o clima de fatuidade e subserviência da imprensa, povoada só por carreiristas vorazes e grosseiros. Em sua alma se trava uma luta entre as aspirações pessoais mais elevadas, como sua vocação intelectual, a busca da sabedoria, o estudo das artes, e as aspirações mais mesquinhas de sua época, como o prestígio e o anel de doutor. Não sofre sua inferioridade social, mas sua superioridade moral.