Joana Mello investiga a obra discursiva e projetural do engenheiro português Ricardo Severo da Fonseca e Costa (1869-1940), conhecido na historiografia da arquitetura do Brasil como precursor do neocolonial no país. A partir da leitura detida de suaobra e do contexto de sua produção, a autora identifica quais eram os parâmetros teóricos e analíticos, as motivações e compromissos sociais e políticos com os quais o engenheiro se engajou nos dois países onde viveu e atuou, Brasil e Portugal.Entendendo sua produção como uma das respostas possíveis frente às tensões históricas e aos dilemas culturais e ideológicos que afligiam os intelectuais portugueses e brasileiros na virada do século XIX para o XX, este livro revela a riqueza e a diversidade do debate da época, problematiza o tema da nacionalidade e modernidade artística e ilumina a leitura do ecletismo, neocolonial e movimento moderno no Brasil.