"Pensar a prática literária a partir desta particular articulação teórica desnaturaliza a relação entre uma prática de escrita, uma prática de crítica/comentário e uma prática de disciplinarização/institucionalização dos estudos literários. E mais: lança luz sobre o processo histórico de constituição de um imaginário de língua nacional E de literatura nacional, produzido na conjunção dos saberes gramaticais e literários. (...) Esse olhar atento às condições de produção tanto dos textos literários quanto da crítica e teoria literárias no Brasil perpassa todos os capítulos da coletânea e produz como resultado análises originais não somente sobre as obras escolhidas pelos autores e pelas autoras do livro, mas também sobre o próprio cânone quenaturaliza uma certa leitura sobre a história da literatura brasileira. (...) Neste sentido, considero que o livro Saberes sem nome: análise de discurso materialista e estudos literários traz para os campos dos estudos do discurso e dos estudos literários um projeto de conceituação forte e provocador que: por um lado, articula campos disciplinares diversos que costumam correr em vias paralelas sem muitas tangentes; por outro lado, inclui o político de maneira constitutiva nessa articulação teórica". (Mónica Zoppi-Fontana)