Assim como o sal deixa a comida saborosa sem roubar o protagonismo do prato, os cristãos leigos têm a missão intransferível de Santificar o mundo a partir de dentro. Vicente Bosch analisa a etimologia do termo "leigo" e o desenvolvimento da compreensão de seu papel na Igreja ao longo da história. Então, destrincha os documentos pré e pós conciliares, e reflete sobre dimensão secular da vida cristã e a espiritualidade propriamente laical."É preciso desfazer o preconceito de que os simples fiéisnão têm outra alternativa senão limitar-se a ajudar o clero, em apostolados eclesiásticos. (...) O modo específico de os leigos contribuírem para a santidade e o apostolado da Igreja é a ação livre e responsável no seio das estruturas temporais" (SãoJosemaria Escrivá, Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, nn. 34.59)."(...) O clericalismo. Esta atitude não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a subestimar a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração donosso povo. (...) Muitas vezes caímos na tentação de pensar que o leigo comprometido é aquele que trabalha nas obras da Igreja e/ou nas realidades da paróquia ou da diocese, e refletimos pouco sobre o modo como acompanhar um batizado na sua vida pública e cotidiana." (Carta do Papa Francisco, 19 de março de 2016).