"Saudade do infinito" é um livro ao mesmo tempo corajoso, profundo e elegante. Corajoso e profundo porque encara de frente problemas que a Teoria Literária, assim como parte da Filosofia, volta e meia tenta fingir não existirem: a dimensão metafísica das coisas, dos conceitos, das ideias, do Ser, da Arte e da Literatura.Gabriel Loureiro nos convence de que não é possível problematizar a verdade produzida pela literatura, pela palavra poética e metafórica sem que a metafísica e o Romantismo sejam convocados. A forma como problematiza algumas das principais ideias do Romantismo alemão não apenas nos faz lembrar o papel central que esse movimento tem para a teorização e formalização da Modernidade, existencial, filosófica, subjetiva e literária, como também lhe constrói uma imagem que nos permite concluir e dizer algo como "já está tudo lá, no Romantismo. Basta ler."Eduardo Melo França, Prof. Dr. De Literatura e Teoria Literária da Universidade Federal de Pernambuco