A saúde docente precisa ser vista além dos números e das estatísticas. Precisa ser analisada a partir do olhar do professor que sofre, muitas vezes sozinho e sem escuta ao seu adoecimento, que é estrutural e coletivo. O docente quer mais espaços de escuta e que isso se transforme em políticas públicas de prevenção à saúde do educador. Algumas das falas que encontramos no interior desse livro retratam bem isso: "A estrutura é deficiente. A pressão que é colocada para o atingimento dos índices parece ser mais importante que a qualidade do ensino" (Professor/a: 38). "[...] a ausência na formação docente da relação teoria-prática-condições" (Professor/a: 43). "Não há conhecimento e respeito acerca dos transtornos mentais. Sou rotulada e vista como uma profissional com limitações" (Professor/a: 6). "Muitos acham que o afastamento é uma fuga das obrigações" (Professor/a: 40).