SAÚDE MENTAL - A CONVIVÊNCIA COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO - DIMENSÕES ÉTICA, POLÍTICA E CLÍNICA - COLEÇÃO SAÚDE E PSYQUÊ - COORDENADOR: ADRIANO FURTADO HOLANDA
SAÚDE MENTAL - A CONVIVÊNCIA COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO - DIMENSÕES ÉTICA, POLÍTICA E CLÍNICA - COLEÇÃO SAÚDE E PSYQUÊ - COORDENADOR: ADRIANO FURTADO HOLANDA
O presente livro é, ao mesmo tempo, uma proposta e um desafio. Enquanto proposta objetiva contribuir para o resgate de um dos princípios fundamentais da vida - a convivência - dentro da política nacional de saúde mental. E é desafio na medida em que, frente às complexidades da vida - e dentro do campo da saúde mental -,convivernão se normatiza, não se ensina, não se torna modelo de padronização único.Aprende-se a conviver,com-vivendo...Fruto de um laborioso e dedicado processo de tese da primeira autora, orientado pelo segundo autor, foi transformado em livro com o objetivo de socializar sonhos, possibilidades, potencialidades, e, por certo, angústias e desafios. Como trabalho prático, escolhidas as dimensões fundamentais para organizar as ideias (ética, política e clínica, dimensões inerentes ao viver humano), o tecido construído foi o da própria convivência com os atores aqui presentes: pesquisadores, estagiários, técnicos, usuários e familiares.Apresentamos neste trabalho a metodologia qualitativa por excelência, norteada pela pesquisa-ação (crítica), pesquisa-intervenção, com(viver) com o fenômeno escolhido, pautado por densos registros (diários de bordo, registro sistemáticos de vivências e elaborações tidas e havidas no percurso, reuniões grupais, supervisões persistentes e intensas etc.) associada a diversas discussões teóricas: psicanalítica, sistêmica, fenomenológica, sociocultural e existencial. Isto tudo resultou num riquíssimo processo de apropriação cuidadosa e intelectualmente responsável de teorias e abordagens que nos aproximasse, minimamente, do tema central:conviver com pessoas em sofrimento psíquico grave(Costa, 2003), tradicionalmente denominado de "portadores de transtorno mental".É, portanto, um persistente questionamento sobre os pressupostos humanos necessários para um cuidado consequente em saúde mental.