Sergay é um romance que sintetiza no próprio título a fragmentação anímica/racional - necessária à vida, quando um homem se propõe a viver - viver-se - por inteiro.Nele, o autor trafega pela narrativa elaborando um inventário distanciado sobre a Arte, utilizando como parâmetro o Teatro, arte do qual foi agente ativo por várias décadas, por vezes excluindo-se/ incluindo-se - como agente passivo, acumulando impressões críticas, autocríticas, temporais, e, acima de tudo, filosóficas - teosóficas?O ponto de partida foi seu próprio nome real, Sergio. Fica claro, no decorrer da narrativa, que esta auto inspiração - jogo- adquiriu impressões memoriais conscientes, de alguém que reconhece que quando se é realmente um Artista, opções, renúncias e confronto com os próprios demônios - anjos - abrigam a esperança numa possível felicidade, mesmo que esta seja de ficção, ou - quase.