Basta abrir a cortina de sua sala e vislumbrar o jardim por alguns minutos: você perceberá a dissolução constante de todos os seres, e seu contínuo renascimento. É o suficiente para constatar o fluxo perpétuo vigorando em tudo o que há. Nada resisteà sua força. Tudo é transitório; e, ainda assim, a totalidade oniabrangente a que chamamos mundo preserva a sua marcha. O fluxo universal permanece. Ele é o fundo de neutralidade que acolhe todas as formas possíveis de existência. Diante dele somos como a poeira que se dissolve no ar ao menor ruflar de asas. A poeira se desfaz, mas permanece as asas eternas do devir universal...