Apalavra é mesmo estranha, mas vemse tornando cada vez mais popular.Derivada do latim soror (irmã), tem osentido de irmandade. Mas, para a jornalistaPaula Roschel, sororidade é muito mais que isso,englobando os conceitos de empatia, solidariedade,companheirismo e respeito entre mulheres. Paraa autora, ao se aliar à outra mulher em vez derivalizar com ela, ambas se tornam mais fortes.Em seu livro #Sororidade: Quando a Mulherajuda a Mulher, a autora mostra que a sororidadepode ser posta em prática na luta pela equidade dedireitos nas esferas social, política e econômica. Étambém uma ferramenta fundamental para enfrentaro machismo e combater a violência contra aLANÇAMENTO: 4 DE MARÇOLançamento da Editora Europa, livro da jornalista Paula Roschelchega às livrarias em março e mostra como a aliança entre mulherespode trazer força na luta pela equidade de direitosmulher. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, no Brasil, a taxa defeminicídio, que é o assassinato de uma mulher apenas por questões de gênero,é de 4,8 para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo. E mais: oAnuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que em 2018 foram registradasmais de 53 mil casos de estupro de mulheres, ou cerca de 150 casos por dia.Paula Roschel lembra que esse dado é ainda maior, já que nem todas as vítimasprestam queixa dos casos de abuso. "A aliança entre mulheres faz com que aluta ganhe força, encorajando mulheres a denunciar a violência e ainda dandosuporte e apoio psicológico", afirma.Paula Roschel mostra como a sororidade também pode contribuir paraa melhoria das relações interpessoais, profissionais ou afetivas no dia a dia decada mulher. Ela faz um balanço da luta pelos direitos da mulher ao longo dotempo, desde as primeiras feministas até os movimentos atuais, passando pelassufragistas do início do século 20. E revela ainda como a prática da sororidadeno dia a dia mudou a sua vida, fazendo com que medos e angústias dessemlugar à esperança e abrissem espaço para uma vida melhor e mais feliz.