Tá preparado? Essa pergunta, que dá título ao livro, é mais do que um desafio - éum aviso. Em sua chamada "ficção antropológica", RoMa não escreve para entreter, mas para expor as rachaduras da existência. Com narrativas que transitam entre o cotidiano e o abismo, o autor nos convida a encarar o desconforto, o abandono, a fragilidade dos vínculos e a instabilidade do que julgamos sólido. Samuel, personagem-máscara que atravessa as histórias, é menos um indivíduo do que um espelho de nossas próprias ruínas. Neste livro, não há escapatória: cada conto é um convite a refletir sobre o quanto estamos - ou não - preparados para viver. Porque, como se lê nas entrelinhas, talvez estejamos prontos apenas para morrer, não para encarar as imprevisibilidades e delícias da vida com liberdade. Está preparado? Porque RoMa não está brincando.