O último trem para os igarapés, Corpo corpóreo e As três graças são as peças que integram o terceiro volume do Teatro de Luiz Marinho, Para este volume, foram selecionadas as peças psicoexistenciais e protossurrealistas do dramaturgo, totalmente diversas das suas peças de caráter regionalista, tanto na linguagem como na escolha dos temas. A primeira delas é um drama em dois atos, nunca encenado, ganhando apenas uma leitura dramática durante a realização do projeto Todos Verão Teatro, em 2002. Atrama se desenrola num bordel, onde, aos poucos, vão aparecendo os dramas individuais das mulheres e de frequentadores assíduos, e a grande dúvida sobre a origem do ex-seminarista Otávio. Apresentado primeiro em leituras dramáticas, foi publicado em1995, integrando a Coleção de Livros de Acadêmicos Pernambucanos, da Academia Pernambucana de Letras. Teve sua primeira encenação em 2004, dentro do Projeto Aprendiz Encena. A trama gira em torno das mágoas e culpas de um homem, que não consegue se libertar das tormentosas lembranças do passado. A comédia As três graças, de 1997, foi a última obra de Luiz Marinho para o teatro e nunca chegou a ser encenada, ganhando apenas leitura dramática em 2004, dentro da programação do VII Festival Recife doTeatro Nacional, que homenageou o dramaturgo, falecido dois anos antes. Inspirada em três velhinhas pitorescas que conheceu na infância, em Timbaúba, Marinho coloca em ação três octogenárias, que convivem com uma preceptora responsável por organizara bagunça que elas fazem.