Desde a independência, as elites brasileiras conceberam o Brasil como um espaço, e não como uma sociedade. E mais: como um espaço a ser conquistado, num movimento expansivo no qual as populações foram pensadas como mero instrumento desse processo. Aprópria construção do país foi, assim, alçada à condição de projeto nacional básico, que teria no Estado territorial (não nacional) seu principal condutor. As idéias de civilização, de modernização e, mais recentemente, de globalização, serviram parajustificar em diferentes momentos o propósito enunciado.Neste livro, Antonio Carlos Robert Moraes analisa essa determinação histórica que acompanha a formação brasileira, sendo responsável por vários problemas que marcam profundamente nossa sociedade até a atualidade. Propõe a compreensão do papel das ideologias geográficas em nossa história como condição fundamental para a construção de um país mais democrático no futuro.