Das profundezas da memória, o poeta vai buscar sombras patriarcais e, com elas, recria o sertão. Virgílio Maia transita entre Velho e Novo Mundo, vai do erudito ao popular, desafia histórias e geografias. Nesses deslocamentos, enriquece a artesania de seus poemas com a magia das tradições ibéricas, o simbolismo dos brasões nordestinos e a densidade cabalística das escrituras judaicas. Dessa síntese brota, enfim, uma poética em que se confundem o lírico e o épico - um espesso mundo de sentidos.