Topologias do não-ser possui como objetivo central repensar a noção de espaço histórico por meio da materialidade da colonialidade, lógica hegemônica que organiza o mundo desde 1492, com a expansão imperialista da Europa em direção ao Novo Mundo e àdominação-destruição de outros mundos possíveis. Com essa lógica história, os mundos foram reconfigurados a partir da construção e naturalização de não-lugares. O lugar de vidas que não têm lugar é o foco do estudo das tipologias do não-ser. Nesses não lugares, as vidas aparecem, porém não são. Assim são as vidas empobrecidas, vidas negras, vidas indígenas e quilombolas, assim como as vidas LGBT+, sem contar as vidas não humanas, que se transformam em simples recursos. Em diálogo com o filósofoNelson Maldonado Torres, Alexandre Cabral pretende deixar claro que onde os não lugares coloniais se instauram, violência e niilismo se tornam normais.