TranslúcidaComposto de 45 imagens de presas transexuais fotografadas pelo ministro Sebastião Reis Junior, do Superior Tribunal de Justiça, o livro traz 42 textos e 4 ilustrações que têm, como objetivo central, provocar um debate sobre direitos humanos, cárcere e o direito à própria identidade. As fotos foram tiradas pelo ministro no Centro de Detenção Provisória Pinheiros II, em São Paulo.Pessoas com diferentes formações - como profissionais do Direito, militares, médicos e artistas - aprofundam a reflexão sobre direitos humanos por meio de múltiplas linguagens, expressando-se da forma como quiseram. O livro, assim, combina as fotos com cartas, ilustrações, contos, poesias e ensaios."Não é um livro de fotos. Também não é um livro que se limita a discutir a questão prisional. É muito mais do que isso. As fotos serviram para provocar, para falarmos sobre algo que não pode ficar escondido atrás dos muros de uma prisão, nem embaçado por preconceitos e mentiras. Temos que falar abertamente sobre as pessoas transexuais. Não só das presas, mas de todas que estão ao nosso redor, com quem convivemos no dia a dia", enfatiza o ministro na apresentação da obra.Visitar presídios é algo que faz parte da rotina do ministro Sebastião. Ministro da 6ª Turma e da 3ª Seção do STJ, que julga Direito Penal, ele acredita que todo juiz tem de saber para onde vão as pessoas que ele sentencia. Sem conhecer a realidade, impossível julgar com Justiça. Fotógrafo, o ministro passou a pedir autorização dos presos para retratá-los. E assim surgiu a ideia central de Translúcida.Esta segunda edição, revista e ampliada com novos textos e fotos, tem prefácio de Renan Quinalha, professor de Direito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde coordena o Núcleo TransUnifesp. Também é editor e colunista da seção Livros e Livres, dedicada à Literatura LGBTI+ na Revista 451 e Presidente do Grupo de Trabalho de Memória e Verdade LGBTQIA+ do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC).Nas palavras do professor Renan Quinalha, para quem atua na área jurídica e de direitos, Translúcida é uma obra fundamental, quase um memorial: "Ela nos obriga a sair da abstração das teses e a encarar a realidade material. A Justiça só será justa quando enxergar a humanidade por trás da cela, por trás do preconceito, e atuar ativamente para que a translucidez dos muros se transforme na transparência da igualdade e do respeito"."Pessoas trans e travestis, em geral, convivem com
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