Uma inebriante meditação sobre eros na filosofia e na literatura - dos antigos aos modernos, de Safo a Marcel ProustEm sua meditação sobre o diálogo Fedro de Platão, João Constâncio esmiúça com primor a dupla natureza de eros: seria uma doença que nos leva à loucura, à ilusão e ao ciúme, ou uma experiência do divino que nos reconecta com nossa natureza e nos desperta para a interrogação da verdade, isto é, para a filosofia? Como pode uma perturbação existencial e fisiológica ser ao mesmo tempo a chave para a realização da essência humana?Enquanto lança luz sobre as imagens poéticas do texto platônico, relacionando-as a imagens dos poemas de Safo e de outros poetas gregos da antiguidade, Constâncio pensa ecos do Fedro em obras de autores modernos como Nietzsche e Proust, e mostra ainda como a obra de Platão foi interpretada por Hegel, Heidegger e Thomas Mann. Ao ler este diálogo que une filosofia e literatura, fluidez e rigor analítico, nos deleitamos como quem sabe estar diante dos mais belos discursos."Nesse périplo, o leitor é agraciado com uma linguagem cristalina, de rara elegância, que harmoniza o rigor conceitual e analítico com a fluidez e leveza do discurso." - Oswaldo Giacoia Junior