Se estamos em pleno Antropoceno, época em que a devastação ambiental émuitas vezes apresentada como responsabilidade comum de toda ahumanidade, quem pode, de fato, ser incluído nesse "nós" universal?Ao revirar o solo da modernidade, Kathryn Yusoff revela como as categorias dehumano e inumano foram moldadas por práticas de expropriação racializada, ecomo a própria ciência da Terra participou dessa construção. Neste ensaio quese tornou uma referência nos estudos contemporâneos, a autora revela como, ao longo da história, a geologia, o colonialismo e o racismo se fundem em umagramática material de poder.Desafiando a separação entre crítica política e história da ciência, este livropropõe uma virada radical: a escuta da geopoética insurgente dos corpos esaberes que resistem e apontam outros futuros possíveis.