Inspirada na escrita de Annie Ernaux, a primeira francesaa ganhar o prêmio Nobel, Sonia Manski mescla sua vozcom trechos transcritos da entrevista do pai à ShoahFoundation, que recolheu depoimentos de sobreviventesdo Holocausto. O objetivo da autora é tentar responder àpergunta: "teria a guerra acabado mas continuado dentrodele?". E entender as marcas que a luta contra os nazistas como partisan na floresta teria deixado. O resultado é um relato honesto e corajoso, mas não menos carinhoso, de sua relação com a figura paterna. Difícil parar de ler essa autoficção amorosa e apaziguadora. Reveladora, íntima e ousada, características de seus dois livros anteriores.Mona Dorf