Os meios de comunicação de massa são parte constitutiva dos fenômenos sociais que marcam as memórias sociais e as narrativas históricas contemporâneas, ao assumir o papel de destaque na formação dos códigos que constituem as culturas políticas. Este livro pretende ser uma contribuição para os estudos dedicados a este campo de problemáticas. Resulta de um projeto de pesquisa intitulado "Um país impresso entre culturas políticas e sociabilidades - revistas semanais, projetos sociais e memória histórica no Brasil 1964-1990" financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Edital Universal número 14/2011. O referido projeto de pesquisa foi levado a cabo pelos docentes que integram a Linha de Pesquisa "Culturas Políticas e Sociabilidades", do Programa de Pós-graduação em História, da Universidade do Estado de Santa Catarina, entre o final de 2011 e início de 2014, sob a coordenação da professora Silvia Maria Fávero Arend.1 A organização dos capítulos compreende o período que cobre a ditadura militar e o recente processo de democratização, entre as décadas de 1960 e 1980, pois entendemos que há aí um conjunto de possibilidades analíticas para a compreensão histórica da importância do mercado de publicações jornalísticas na articulação de projetos políticos que promoveram e evidenciaram engajamentos políticos e tensões culturais. As revistas semanais passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de brasileiros e a reconfigurar a estrutura do mercado jornalístico.