Este livro é resultado das reflexões realizadas ao longo de mais de um ano pelo Observatório Eclesial do Brasil, criado em 10 de março de 2015, em São Paulo, em resposta à provocação de Ameríndia, grupo de teólogos latino-americanos. Ele é formado por leigos(as), padres e religiosos(as) que têm por objetivo geral "acompanhar as decisões, os discursos e as reformas do Papa Francisco, bem como o processo de recepção dos mesmos nas Igrejas locais, nas comunidades e na sociedade de um modo geral". Organizada por Wagner Lopes Sanchez e Eulálio Figueira, a obra está dividida em três partes. Na primeira parte - Os desafios de uma reforma da Igreja - estão reunidos textos que expressam os principais desafios para o atual pontificado: a recepção de sua mensagem renovadora, o tema da colegialidade e a necessidade da renovação da cultura eclesial. Na segunda parte - Caminhos e realizações - os textos procuram analisar e avaliar os avanços nos três primeiros anos de pontificado de Francisco: a densidade teológica dos seus gestos, a sua leitura da Doutrina Social da Igreja, a sua insistência numa Igreja de misericórdia e os sinais proféticos do seu ministério. O carisma de Francisco tem sido o aglutinador das mudanças desejadas por ele e por muitos setores da Igreja Católica que desejam uma Igreja aberta e acolhedora. Na terceira e última parte - As utopias, as defasagens e os silêncios - os textos apresentados propõem-se a discernir as utopias que reflorescem neste momento eclesial com seus limites e possibilidades: os desafios da reforma da Igreja a partir do binômio instituição-carisma, a igualdade batismal de todos(as) os(as) cristãos(ãs) e a ética da misericórdia. Os textos foram elaborados por autores competentes em suas áreas, como Fernando Altemeyer Junior, Dom Celso Queiroz, Alex Villas Boas, Donizete José Xavier, Antonio Sagrado Bogaz, João Henrique Hansen, João Décio Passos, Luiz Augusto de Mattos, Maria Cecília Domezzi e Walter Altmann. Foram escritos com olhos postos no presente e no futuro da Igreja Católica. Expressam os sonhos e o compromisso de pessoas que desejam uma Igreja solidária com os pobres e capaz de anunciar uma mensagem de esperança e de alegria para o mundo.