Os meios de comunicação nos bombardeiam com mensagens que nada têm a ver com o que a gente sensata está acostumada a fazer: parar quando o semáforo está em vermelho; tratar com respeito a noiva; cumprir a palavra dada; preocupar-se com os mais fracos; crer em alguma coisa mais que nós mesmos. Enfim, é como se comportar-se como procuravam fazê-lo Penépole, Sófocles, Paulo de Tarso, Dante, Ivanhoé, Frodo ou Teresa de Calcutá fosse uma rematada estupidez. No entanto, todos esses nomes foram gentemuito sensata, que nos fazem dizer que, no nosso século XXI, também vale a pena ter ideais, crer em Deus, cumprir os mandamentos, ser monógamo, ceder o lugar no metrô às senhoras que entram carregadas de embrulhos, e tantas outras práticas assim. Este livro procura mostrar três coisas a todas essas pessoas que se sentem um pouco desconcertadas e postas de lado neste novo ambiente: primeiro, que a sua mente funciona perfeitamente; segundo, que não estão sós e que há boas razões para continuarema comportar-se como acham correto; terceiro: que não conseguem nada ficando num canto e lamentando como o mundo vai mal. É tempo de começar a reconquista.