Uruan gosta de admirar as pedrinhas do riacho, de sentir cheiro de pinho, de ver a lenha queimar devagarinho. Dizem que ele tem doença de poesia. Será? Esse seu jeito particular de ver o mundo acaba distanciando o menino de outras realidades, principalmente daquela da cidade localizada perto do quilombo onde vive com sua vó. Se, por um lado, esse distanciamento lhe causa problemas, é também o que o salva, dando-lhe forças para seguir protegendo sua identidade e suas origens, sempre amparado por seus ancestrais.