Agora, quando se comemoram os 100 anos do nascimento de Verger, mais uma vez é Arlete Soares e mais um grupo de fiéis colaboradoras, Rina Angulo e as autoras Cida Nóbrega e Regina Echevarria, que trabalham para transformar em livro a história de vida e a extraordinária trajetória deste fotógrafo que se tornou Obá de Xangô. E se nos cabe apresentar esse trabalho, é que sempre confiamos às suas fotos a missão e a esperança de revelar a continuada memória da África no Brasil. A fotografia de Verger foi de fato uma constante que nos permitiu construir a narrativa de exposições como Os herdeiros da noite, Bahia África Bahia, Arte e religiosidade no Brasil - heranças africanas, Negro de corpo e alma, Para nunca esquecer - negras memórias, memórias de negros. Em todos esses momentos, seu olhar percorreu, com sua luz profunda, a nossa sofrida história. A Pierre Fatumbi Verger, o senhor do olhar, nossa homenagem.