Um insight comum ao livro é a recusa dos ensaístas a interpretar o terrorismo em simples termos morais. Não se trata de uma luta do bem contra o mal (ou do mal contra o bem), ainda que seja esse exatamente o modo como ambos os lados do conflito o vêem. As dinâmicas conduzidas pela humilhação e o ódio são nomeadas e investigadas; exploram-se as contribuições das histórias árabe e islâmica; examinam-se gênero, religião e desvantagem econômica; comparam-se e distinguem-se outros contextos em que o terrorismo tem sido praticado; e as compreensões psicanalíticas vigentes são examinadas para melhor esclarecimento. É impressionante descobrir tudo isto em um texto estimulante para os iniciados em psicanálise, mas bastante acessível ainda ao leitor comum. Este livro dá orientação suficiente para estrategistas de governo, de maneira a torná-lo muito útil para diplomatas e planejadores militares. Auxilia estudantes, conselheiros políticos e membros de ''''usinas de idéias'''' ao ampliar seus recursos. Tenho certeza de que também promoverá avanços na teoria e na prática da comunidade analítica.´ [John, Lord Alderdice] Violência ou Diálogo?, que a editora Perspectiva incluiu na sua coleção Estudos, é, pois, uma obra que, ao lado da pertinência específica de cada um de seus estudos, enfeixa uma demonstração significativa de que a psicanálise tem uma contribuição vital a oferecer, tanto na percepção das realidades objetivas e externas, quanto das subjetivas e internas ao homem e ao mundo de sua existência.