Este livro nasce como encruzilhada.Sete capítulos, como sete caminhos que Exu abre.Exu é princípio e movimento, guardião do saber.Nada começa sem ele e, por isso, o invocamos.Escrito por vinte e uma mulheres negras, é quilombo de palavras.Não há linha reta: há curvas, giros e travessias entre águas, ventos e fogos que alimentam a força das mulheres ancestraisCada escrevivência é semente lançada à terra ancestral.São vozes que falam de dor, mas também de potência.As Yabás acadêmicas se movem entre raízes e caminhos.Recordam avós, mães, filhas e constroem permanência.A universidade se torna território de disputa e criação.A oralidade encontra o livro, a tradição encontra o futuro.Este livro é aquilombamento, denúncia e sonho.É resistência e é cuidado, força e ternura.É chamado à coletividade e à reexistência.É caminho aberto para que nenhuma de nós caminhe só.