Qual o valor da ciência e o papel dos cientistas na sociedade? Como fazer com que conhecimentos científicos circulem e sejam reconhecidos internacionalmente? Por que é necessário financiar a ciência e garantir a autonomia de suas instituições? Resultado de uma tese premiada, o livro busca responder a essas perguntas examinando a trajetória do renomado fisiologista Miguel Ozório de Almeida. Na primeira metade do século XX, o cientista teve atuação destacada em importantes instituições no Brasil e no exterior, como o Instituto Oswaldo Cruz, a Academia Brasileira de Ciências e a Unesco. Em diálogo com a historiografia internacional, a autora convida os leitores a seguir esse intelectual nos muitos caminhos que ele percorreu, produzindo e pensando a ciência não só como percepção do mundo, mas como forma detransformá-lo.- Simone KropfCasa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz(COC/FIOCRUZ)Este livro faz referência a umas das atividades sociais mais centrais da contemporaneidade: a investigação científica. Falar dessa prática pressupõe falar sobre visões de mundo e propostas de intervenção social. O internacionalismo da prática científica é um valor compartilhado por grupos que procuraram agir no sentido da colaboração internacional em um determinado contexto histórico. Para compreendermos essa prática e sua legitimação, devemos refletir também sobre o ethos universalista que a sustenta. Partindo da prática internacionalista do fisiologista Miguel Ozório de Almeida (1890-1953), este livro busca historicizar o discurso universalista e internacionalista nas ciências, demonstrando a complexidade de seus usos por um cientista brasileiro na primeira metade do século XX.SumárioIntroduçãoPARTE 1: A ciência: mundo do cientista 33CAPÍTULO 1: Formação e abrigos 47CAPÍTULO 2: Prática internacionalista e concepção universalista do conhecimento: a teoria da excitação 111PARTE 2: E seus fins: um mundo para o cientista 177CAPÍTULO 3: Sobre a "liberdade de pensar": intelectuais e a Liga das Nações 179CAPÍTULO 4: Universalismos em debate: organismos internacionais e assimetrias históricas da produção científica 251Considerações finais: entre a modéstia e a ambição extremaPosfácio ReferênciasSobre a autoraLetícia Pumar possui mestrado e doutorado em história das ciências pela COC/FIOCRUZ, pós-doutorado em históriapela UFRRJ e em filosofia pela Université Paris 1 - Panthéon- Sorbonne. Desde 2017, tem se debruçado sobre a produçãode imagen