Na época da independência do Brasil, a cobiça do poder político provocou vários conflitos entre as elites regionais. Para ascender aos cargos públicos, os "homens ilustres" de Goiás/Tocantins tinham de obter o reconhecimento do governo imperial e do rol dos cidadãos ativos da província. Esse reconhecimento era obtido por meio da posse de recursos econômicos e da capacidade de mobilização militar das camadas subalternas, podendo advir também do domínio das letras e da função religiosa; de modo que a elite dirigente, da Comarca do Sul e do Norte, era recrutada entre os grandes proprietários, comerciantes, eclesiásticos e oficiais militares.