Durante os percursos como docentes/pesquisadoras, o ser e o fazer (entre)laçados ganharam potência em nossas práticas educativas. As adversidades vividas no território escolar contribuíram para que pudéssemos ampliar o olhar sensível, reiterado pelo exercício da empatia. Esse foi um grande desafio, vivenciado em nossos percursos na docência com crianças integrar o fazer e o ser, pois o ensinar e o aprender são processos constituídos de produção de sentidos.Estar na escola em companhia das crianças foi um tecer os fios do trabalho colaborativo, entendendo-as como autoras, considerando que nos cabe o papel de propositoras de ações críticas e sensíveis.A questão que nos mobilizou a escrever nossas experiências em livro iniciou com a seguinte indagação: Oficinas Estéticas podem produzir narrativas no que se refere às relações de afetos e aos processos de criação e autoria nas crianças e em nós docentes? Essa questão, por vezes, é (des)considerada na escola, pois geralmente a importância está centrada na transmissão de conhecimento pelo professor e na reprodução dos conteúdos pelas crianças.