Em seu primeiro romance histórico, Zadie Smith nos leva à Londres vitoriana e às plantações jamaicanas de cana-de-açúcar para nos envolver em uma trama que inclui escritores vaidosos, paixões proibidas, as cicatrizes do imperialismo e um alucinante caso de tribunal.Durante as décadas de 1860 e 1870, o Caso Tichborne gerou comoção no Reino Unido com uma trama de identidades falsas, disputa de riquezas e tensões colonialistas. O Requerente alegava ser Sir Roger Tichborne, herdeiro de uma grande fortuna. A defesa, porém, tentava provar que o homem não passava de um golpista.O julgamento se torna uma obsessão na casa do romancista William Harrison Ainsworth. Especialmente para Sarah, sua ex-criada e agora segunda esposa, que crê sem ressalvas na versão dos fatos oferecida pelo Requerente, e para Eliza Touchet, governanta e amante ocasional do escritor. Adepta da causa abolicionista, Eliza fica fascinada por uma das testemunhas, um escravo jamaicano liberto que insiste em permanecer ao lado do Requerente apesar das evidentes contradições do caso.Zadie Smith se inspira em pessoas e acontecimentos reais para envolver o leitor em uma história mordaz e repleta de seu humanismo característico. A fraude realiza uma defesa apaixonada da escrita movida pela empatia, ao mesmo tempo em que explora temas que não podiam ser mais atuais: as desigualdades de gênero e raça, o alcance da justiça, a natureza elusiva da verdade e as mentiras, igualmente escorregadias, que não podemos evitar de contar para os outros e para nós mesmos.
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