Uma das alternativas contra a crise e a desesperança em educação está no processo de entendimento mútuo, real, intersubjetivo e crítico entre todos os envolvidos, a partir de um ponto de vista essencialmente moral. O risco de uma compreensão generalista e periférica se dá, de modo especial, quando não ocorre um questionamento reconstrutivo, uma análise reflexiva e compartilhada, a partir de vínculos teóricos, sobre as condições objetivas e subjetivas das mudanças no cotidiano pedagógico. Tendo como referência vários teóricos, em especial Jürgen Habermas, diz João Francisco que a competência dos profissionais passa pela capacidade de deliberaçãopermanente e reflexão crítica sobre suas práticas. É importante navegar nesse processo de reconstrução de sentido das práticas educativas e reconstruir o horizonte de nossas esperanças numa outra perspectiva ? ampliada, arejada e mais condizente com a múltipla e complexa tarefa educacional. Defende o autor, que para isso, os pressupostos de inovação precisam ser adequadamente interpretados e recebidos com um amplo debate no campo educacional.