A moral tem diante de si uma tarefa urgente: tornar a sociedade e, de maneira especial, as pessoas encarregadas do cuidado e da educação dos portadores de deficiência mental, plenamente conscientes da sexualidade deles e, em conseqüência, do necessário respeito à sua dimensão sexuada. A maior contribuição que se pode dar para elucidar essa problemática e planejar positivamente a etapa adulta da pessoa portadora de deficiência mental consiste em ajudar a esclarecer o que há de problema real e o que há de resíduos de uma mentalidade social cheia de preconceitos, expondo um enfoque da sexualidade que transcende a reprodução e o temor de uma possível gravidez indesejada. Não ponhamos diante do portador de deficiência mental mais empecilhos do que os que a natureza lhe deu. Deixemos que ame e seja amado.