A condição para assegurar a justa presença da mulher na Igreja e na sociedade é a análise penetrante e mais cuidada dos fundamentos antropológicos da condição masculina e feminina, de forma a determinar a identidade pessoal própria da mulher na sua relação de diversidade e de recíproca complementariedade com o homem, afirma João Paulo II. Ele próprio se propõe a levar a cabo esta análise, a partir dos textos bíblicos do Génesis que narram a criação do homem e da mulher. Qual a razão e quais as consequências da decisão divina de criar o ser humano como pessoa feminina e como pessoa masculina? É a partir da compreensão destes fundamentos antropológicos que se torna possível entender em profundidade a dignidade e a vocação tanto da mulher como do homem, ambos criados à imagem e semelhança de Deus.