A alteridade é uma companheira persistente na relação entrevistado-pesquisador em história oral. Quando os gravadores são ligados, os marcadores sociais de diferença não se apagam; pelo contrário, atuam na produção de lembranças, esquecimentos e silêncios durante as entrevistas. O debate em torno do problema da alteridade - que tem colocado questões tão polêmicas quanto proveitosas para o campo da história oral - é retomado neste livro que assume a escuta sensível como um caminho para equilibrar as tensões atinentes à presença da diferença na pesquisa.