Este é o último texto filosófico de Descartes, publicado em 1649, o único que trata diretamente dos problemas da vida moral. O livro foi escrito para a princesa Elisabeth e também é conhecido pelo título de Tratado das paixões. Sem dúvida o autor pretende com esse Tratado sobre a vida moral esclarecer as relações entre a alma e o corpo. Até então, por prudência, Descartes recusara-se a abordar este problema. O livro tem três partes. Na primeira Descartes mostra como a alma é o agente em suas volições que terminam ou na própria alma ou no corpo. Na segunda parte são examinadas as paixões. Descartes define cada uma das paixões estudando-as do interior: a admiração, o amor, o ódio, o desejo, a alegria, a tristeza. A terceira parte do Tratado examina as diferentes paixões classificadas em espécies segundo as seis paixões primitivas estudadas na segunda parte.