AS VISITAS QUE HOJE ESTAMOS

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9788573213768
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    • 1
      Autor
      FERREIRA, ANTONIO GERALDO FIGUEIREDO Indisponível
    • 2
      Editora
      ILUMINURAS Indisponível
    • 3
      Páginas
      448 Indisponível
    • 4
      Edição
      1 - 2012 Indisponível
    • 5
      Ano
      2012 Indisponível
    • 6
      Origem
      NACIONAL Indisponível
    • 7
      Encadernação
      BROCHURA Indisponível
    • 8
      Dimensões
      13.5 x 22.5 x 2.5 Indisponível
    • 9
      ISBN
      9788573213768 Indisponível
    • 10
      Situação
      Disponível Indisponível
    • 11
      Data de lançamento
      01/01/2012 Indisponível
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   A imagem de uma orelha descomunal bem poderia ser o emblema deste livro. De fato, ele parece ser o resultado de um ouvido absoluto para as vozes deste mundo e, de certo modo, até do outro. O partido compositivo - tão próprio aos impasses da modernidade - de revolver nas falas mesmas a realidade social e histórica que se deposita, como sedimento, na linguagem vai, aqui, a sua potência máxima.      O livro é, assim, o lugar no qual, como em ondas de linguagem, essas vozes todas, múrmuras ou veementes, vêm quebrar. O rumor que então se levanta, engrossado do eco de tantas falas, emanadas de tantas vidas, faz sua atmosfera e clama aos céus por um sentido. Em vão, que o céu está vazio. Em um gesto de infinita piedade, o livro recolhe o imenso vozerio e seu clamor, porém não mais pode resgatá-los nem lhes dar um destino: com uma ironia dolorida e isenta de malignidade, pode apenas endereçá-los aos "Santos Anônimos", patronos de uma inacreditável capelinha, cuja imagem verídica o leitor - ele também um "Santo Anônimo" - encontrará ao lê-lo.      Verificamos, então, que esse livro tão difícil de se classificar pertence, afinal, à grande família do romance, que, como se sabe, abriga a busca decepcionada de todos os desamparados do sentido, os exilados da pátria transcendental. Um romance-limite, no entanto, porque as falas de que é tecido ameaçam formar grupos temáticos e tramas subjacentes, ao mesmo tempo que se esgarçam em todas as direções. Ficamos pensando se é um romance em formação ou em decomposição, para logo descobrirmos que é um romance que se faz desaparecendo, ou que se forma suprimindo-se - linhagem tão central quanto ignorada nas letras brasileiras.      Essa estrutura paradoxal, de si tão abstrata, que tem na morte seu ponto de fuga, acolhe aqui, entretanto, a exalação de um mundo bem determinado - o da grande comarca interiorana (caipira, melhor se diria), que se estende por São Paulo, Minas, Goiás, pedaços do Mato Grosso e do Paraná. Suplantado por um mundo que, pior que ele, não o redimiu nem transcendeu, esse dificultoso mundo caipira, meio rural, meio urbano, às vezes no limite do surreal, encontra-se agora em vias de desaparição. Em as visitas que hoje estamos, tudo o indica, ele dá o seu último suspiro. José Antonio Pasta 

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