Em seu segundo livro publicado no Brasil, Bonet enfrenta com leveza e pertinência a teologia da desestima, que se tornou expressão de um mal-entendimento da fé, dando origem a um modo de viver imerso em medo e culpa. Desculpabilizar, liquidar a autodesestima e promover uma atitude de conhecimento "visceral" de si é a intenção do autor. Deixar de nos sentirmos inúteis para sermos filhos. Apagar a imagem do Deus juiz, tirano implacável. Esse Deus gera um sentido de indignidade pessoal e formenta uma espiritualidade terrorista, contaminada de medos, e culpabilidades. Os três amores do homem são Deus, o próximo/mundo e ele mesmo; e "ele amar a si mesmo" é tão importante quanto amar a Deus e ao outro/mundo. Nossa felicidade depende do equilíbrioentre esses três amores.