O tema deste livro afeta a vida de todos os brasileiros - quando não a invade, ou mesmo destrói. O que os autores chamam de bandidolatria pode ser resumido da seguinte maneira: é a prática, corrente no ambiente jurídico e penal brasileiro, de transformar o criminoso numa pobre vítima do sistema social, e a vítima, no verdadeiro culpado pela desigualdade, para reparar a qual a violência assassina seria a única opção. O avanço da criminalidade conta com o ostensivo favorecimento das elites políticas, das instituições do Estado e de amplos setores da vida acadêmica e dos formadores de opinião. É assim que chegamos a um verdadeiro democídio, ao extermínio em massa da população, com um número de homicídios que ultrapassa os 60 mil anuais. Servindo-se por vezes de relatos concretos, oferecidos pelo cotidiano nacional, os autores desmontam as falácias correntes sobre segurança pública, e mostram que não se chega a tal nível de criminalidade sem que os valores morais tenham passado, antes, pelo moedor sangrento do relativismo.